terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Carta aberta ao meu desamor, digo, dissabor

Desamor, dissabor, ex-amor, meu amor?

Existe um ditado que diz: existem espinhos nas rosas de qualquer jardim!
É verdade. Porque no meu seria diferente?
Pára tudo. Por que eu sou diferente!
Claro! As minhas rosas têm mais perfume, mas também têm mais espinhos.
Então, vamos começar pelo básico: é uma covardia bipar na madrugada e desligar o celular. Os dois... Os meus ficam ligados!
Como pode duas pessoas que se gostam se evitarem? Como pode duas pessoas querer ficar juntas e não ficarem?
Como podem duas pessoas querer falar, mas ao se falarem não dizerem nada?
 Como pode o meu coração querer tomar conta da razão e passar por cima de qualquer raciocínio sensato como a avalanche que assolou a serra carioca?
Deixa eu adivinhar: teu orgulho não vai te deixar me procurar. Para você é mais importante mostrar que é forte, para as vistas de qualquer um, mesmo que isto signifique encerrar uma história que estava começando a ser escrita de uma maneira bonita e diferente, criativa.
Tuas convicções e necessidades de viver o personagem que criaste vão enterrar o que já tínhamos escrito, para que nem seja lido ou relido em teu pensamento.
Do outro lado, minhas convicções não me permitem ligar, pois isto seria assinar um atestado de concordância com tudo que não concordo e me levou a tomar a atitude que tomei, mesmo que isto signifique encerrar uma história que estava começando a ser escrita de uma maneira bonita e diferente, criativa.
Porém, minhas convicções me dizem que existem duas de você. Eu queria poder falar com o “teu eu” pelo qual me apaixonei. Aquele que eu conheci e sou capaz de apostar que poucas pessoas conhecem.
Queria perguntar a ele: eu oculto do meu amor, porque deixas teu outro eu fazer o que faz?
Mas ele me responderia: eu não sei, eu não consigo! E voltaríamos a estaca zero.
Queria eu, agora, acordado, de madrugada, ao menos entender o porquê das coisas. Saber o porque me acordei com um toque e não tive o direito de retribuir a ligação.
Queria saber o que se passa nesta cabeça, que tu diz que não é tão complicada, mas me embrulha o pensamento e o coração.
Queria saber o que fazer, virar para o lado e dormir, mas não posso.
Você sabe me dizer o que fazer?

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