terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A palavra e o poeta

Era uma noite fria destas de agosto, em que a poesia inunda a alma do poeta,

E a inspiração que sempre acompanha a dor aliviava a sua alma já inquieta.

Mas sua alma amadurecida pelo tempo compreendia que a dor era só sua

E a espera junto ao fogo continuava com o mate quente e a companhia da lua ...

A palavra então abandona a razão aceitando os conselhos da loucura,

transformando a tristeza de sua vida em lindos versos carregados de ternura.



E o poeta encantado com a palavra,

Acostumado e convivendo com sua a dor,

Então se entrega a um sentimento profundo,

pois a palavra na verdade é o seu amor.


E ao rever os pensamentos da loucura

Seus sonhos pobres são reduzidos a pó,

Mas ele pode compreender por um instante

Que a palavra e o poeta são um só.




A noite fria então inveja o poeta, lhe esfriando o coração por um momento,

os seus fantasmas sursurrando frases tortas vão retratando a solidão em um soneto.

Mas o poeta invernou seu coração e  enfeitou com uma rosa a cancela,

Na esperança de engordar seu amor que continuava esperando por ela.

E a palavra finalmente ganhou forma, com a loucura desfilando no costado,

criando versos que redezenharam a face enternecida do poeta emocionado.

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