Era uma noite fria destas de agosto, em que a poesia inunda a alma do poeta,
E a inspiração que sempre acompanha a dor aliviava a sua alma já inquieta.
Mas sua alma amadurecida pelo tempo compreendia que a dor era só sua
E a espera junto ao fogo continuava com o mate quente e a companhia da lua ...
A palavra então abandona a razão aceitando os conselhos da loucura,
transformando a tristeza de sua vida em lindos versos carregados de ternura.
E o poeta encantado com a palavra,
Acostumado e convivendo com sua a dor,
Então se entrega a um sentimento profundo,
pois a palavra na verdade é o seu amor.
E ao rever os pensamentos da loucura
Seus sonhos pobres são reduzidos a pó,
Mas ele pode compreender por um instante
Que a palavra e o poeta são um só.
A noite fria então inveja o poeta, lhe esfriando o coração por um momento,
os seus fantasmas sursurrando frases tortas vão retratando a solidão em um soneto.
Mas o poeta invernou seu coração e enfeitou com uma rosa a cancela,
Na esperança de engordar seu amor que continuava esperando por ela.
E a palavra finalmente ganhou forma, com a loucura desfilando no costado,
criando versos que redezenharam a face enternecida do poeta emocionado.
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